Decorria o ano de 1945 que, para Enrico e Armando Piaggio, prometia ser de trabalho árduo. As duas fábricas de Pisa e Pontedera, que desde o início dos anos 20 representavam o núcleo duro das actividades da Piaggio, tinham sido arrasadas pelos bombardeiros aliados em Agosto de 1943. A Segunda Grande Guerra chegava ao fim dos seus dias e a Itália, que se rendera dois anos antes, procurava a todo o custo reerguer-se economicamente.
em nada convencional. Recorrendo aos seus conhecimentos de aeronáutica, o engenheiro encontrou resposta para tudo o que, à partida, lhe parecia ser um problema. Assim, e em poucos dias, imaginou um veículo com um corpo único, confortável, e que defendesse o condutor, ou a condutora, das intempéries da estrada. Com um sistema de transmissão diferente, que dispensava a incómoda corrente, e ainda um espaço para guardar um pneu sobresselente que ainda hoje é uma das características únicas do aparelho. Nascia assim a MP 6. O aparelho criado por D’Ascanio era diferente daquilo que até então tinha sido apresentado ao público. Parecia... “uma vespa?”, lembrou ao acaso Enrico Piaggio. E o nome haveria de ficar para a posteridade.


mil pontos de venda internacionais na Europa, América e Ásia, sendo produzida em 13 países e comercializada em 114, entre os quais a Austrália, a África do Sul, o Irão e a China. Começavam a surgir, um pouco por toda a parte, os clubes Vespa e, em pouco tempo, o aparelho criado por D’Ascanio assumia-se como um símbolo de liberdade e um dos ícones mais marcantes de uma sociedade em franca mudança.
Hoje em dia a Vespa é um ícone que, por si só, marca posição. Desde o seu lançamento, em Abril de 1946 já foram comercializadas 17 milhões de unidades do mais popular modelo da Piaggio que, entretanto, se adaptou a modas e exigências, multiplicando os seus modelos e cilindradas. Apesar de ter tido a sua época áurea durante as décadas de 60 e 70 ainda hoje a palavra Vespa é automaticamente associada a um motociclo de duas rodas com as características particulares do modelo criado por D’Ascanio, independentemente da marca que este possa ter - e foram muitas as que tentaram copiar o seu sucesso. Curiosamente, são poucas as marcas que, ao longo da História, se podem gabar de tamanha proeza.
Os embaixadores da Vespa









































