Sexta-feira, Julho 28, 2006

Viva Vespa !!!!

Viva.... !!!! Viva...!!!!


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Quinta-feira, Julho 20, 2006

Gosto muito...

...da côr.

Quarta-feira, Julho 19, 2006

A ‘scooter’ que enfeitiçou o mundo



As mais famosas duas rodas do mundo foram
criadas por alguém que não gostava de motos. Foi por isso que D’Ascanio criou um veículo original e transformou a Vespa numa lenda. Foi há 60 anos.


Decorria o ano de 1945 que, para Enrico e Armando Piaggio, prometia ser de trabalho árduo. As duas fábricas de Pisa e Pontedera, que desde o início dos anos 20 representavam o núcleo duro das actividades da Piaggio, tinham sido arrasadas pelos bombardeiros aliados em Agosto de 1943. A Segunda Grande Guerra chegava ao fim dos seus dias e a Itália, que se rendera dois anos antes, procurava a todo o custo reerguer-se economicamente.
Para os dois irmãos Piaggio o desafio era duplo. Retomar o fabrico de aviões que tanto prestígio lhes conferira durante a Guerra estava fora de questão. Impunha- se pois criar um novo produto, adaptado aos tempos de paz, que voltasse a dar trabalho aos 10mil desempregados da Piaggio.
Foi então que Enrico se lembrou de criar um veículo económico, de condução fácil, destinado às massas. Assim, recorreu à ajuda de
dois engenheiros, Vittorio Casini e Renzo Spolti, que conceberam a um primeiro modelo de ‘scooter’ para a Piaggio: a MP 5. O aparelho, todavia, não caiu nas boas graças de ninguém. Ridicularizado pela imprensa, rapidamente ganhou a alcunha de ‘Paperino’ - Pato Donald em italiano, imagine-se. O próprio Enrico Piaggio considerava-o “uma coisa horrenda” e acabou por pedir a um dos seus mais conceituados engenheiros de aeronáutica, Corradino D’Ascanio, que lhe redesenhasse seu ‘Paperino’.
Para D’Ascanio o problema que se colocava, logo partida, era facto de não gostar de motos. Achava-as feias, desconfortáveis e pouco práticas já que, em caso de furo, a mudança dos pneus se tornava complicada e bastante suja, na medida em que faziam uso da tracção por corrente, à semelhança das bicicletas. Por todos estes motivos, D’Ascanio concebeu um modelo de motocicleta em nada convencional. Recorrendo aos seus conhecimentos de aeronáutica, o engenheiro encontrou resposta para tudo o que, à partida, lhe parecia ser um problema. Assim, e em poucos dias, imaginou um veículo com um corpo único, confortável, e que defendesse o condutor, ou a condutora, das intempéries da estrada. Com um sistema de transmissão diferente, que dispensava a incómoda corrente, e ainda um espaço para guardar um pneu sobresselente que ainda hoje é uma das características únicas do aparelho. Nascia assim a MP 6. O aparelho criado por D’Ascanio era diferente daquilo que até então tinha sido apresentado ao público. Parecia... “uma vespa?”, lembrou ao acaso Enrico Piaggio. E o nome haveria de ficar para a posteridade.



A 23 de Abril de 1946, a Piaggio assinava a patente daquele que haveria de ser, para sempre, o seu ‘exlibris’ e, fiel ao seu sonho de criar um veículo utilitário, Enrico Piaggio lançava 2 mil Vespa de 98 cc no mercado. Um ímpeto arrojado que depressa se haveria de revelar promissor. A natural divisão entre apoiantes e detra
ctores que sempre acompanha o lançamento de um novo produto rapidamente se dissipou. A Vespa era, sem dúvida, um aparelho curioso, se não mesmo engraçado e, quiçá até útil. No final desse ano, a Piaggio tinha lançado no mercado um total de 2.484 scooters e, um ano depois, arriscava a 125 cc, sucessora natural da 98 cc. Em 1947, o número de ‘scooters’ lançadas no mercado pela Piaggio era de 10.535 e, em 1948, ascendia às 19.822.
No final da década, era a vez dos mercados externos aderirem ao novo veículo utilitário italiano. A Alemanha foi o primeiro país a conseguir licença de produção da Vespa, em 1950, aumentando para 60 mil a produção de veículos que, três anos mais tarde, já superava as 170 mil unidades.
O público aderia sem entraves. A imprensa fazia a apologia do novo utilitário de duas rodas. Longe de saber que a comparação ficaria para a História, o jornal “TheTimes” qualificou a Vespa como sendo “um produto inteiramente italiano, como não se via deste os tempos da quadriga romana”.
Para Enrico Piaggio, o interesse nos mercados
internacionais pela sua Vespa era a resposta a todas as preces do pós-Guerra. Empenhado no sucesso do novo produto, testava pessoalmente os protótipos dos novos modelos. Em 1953, a Vespa assentara definitivamente arraiais além-fronteiras, contando mais de 10 mil pontos de venda internacionais na Europa, América e Ásia, sendo produzida em 13 países e comercializada em 114, entre os quais a Austrália, a África do Sul, o Irão e a China. Começavam a surgir, um pouco por toda a parte, os clubes Vespa e, em pouco tempo, o aparelho criado por D’Ascanio assumia-se como um símbolo de liberdade e um dos ícones mais marcantes de uma sociedade em franca mudança.

Um ícone mediático
Talvez por isso mesmo, nenhum outro veículo tenha sido explorado por um dos meios mais mediáticos de sempre: o cinema. Para
sempre ficará na memória a imagem de um Gregory Peck e de uma Audrey Hepburn percorrendo as ruas de Roma no filme “Férias em Roma” de William Wyler (1953). Para sempre associaremos a ‘Vespa’ aos incontornáveis Mods e Rockers das décadas de 60 e 70 que Franc Roddam retratou em “Quadrophenia” (1979) e, uma década mais tarde, Julian Temple tão bem soube fazer reviver em“Absolute Beginners” (1986). Ainda no ano passado, vimos Nicole Kidman acelerar na sua Vespa no filme “A Intérprete”, de Sydney Pollack.

Hoje em dia a Vespa é um ícone que, por si só, marca posição. Desde o seu lançamento, em Abril de 1946 já foram comercializadas 17 milhões de unidades do mais popular modelo da Piaggio que, entretanto, se adaptou a modas e exigências, multiplicando os seus modelos e cilindradas. Apesar de ter tido a sua época áurea durante as décadas de 60 e 70 ainda hoje a palavra Vespa é automaticamente associada a um motociclo de duas rodas com as características particulares do modelo criado por D’Ascanio, independentemente da marca que este possa ter - e foram muitas as que tentaram copiar o seu sucesso. Curiosamente, são poucas as marcas que, ao longo da História, se podem gabar de tamanha proeza.
Ao longo dos tempos, as duas rodas mais famosas da história de Itália cativaram adeptos e apaixonados um pouco por todo o mund
o, independentemente das suas origens, profissões ou credos. Louis Armstrong teve uma, Carolina do Mónaco também e, antes dela, o rei Balduíno da Bélgica. Sempre que não corria, Juan Manuel Fangio preferia deslocar-se numa Vespa e nem o próprio papa João Paulo II ficou alheio às graças deste símbolo da ‘dolce vita’ italiana, chegando a dar-lhe a sua bênção.

Os embaixadores da Vespa
A comemoração dos 60 anos da Vespa teria de começar naturalmente em casa. Mais do que assinalar a data, a Piaggio fez questão de assinalar o ano e, como não podia deixar de ser, a Piaggio Portugal aderiu às festividades. Assim, entre várias iniciativas, lembrou-se de eleger sete jovens caras conhecidas da nossa praça que, durante o ano que corre, serão embaixadores da Vespa em Portugal: Diogo Morgado, Jorge Corrula, Inês Castel-Branco, Inês Simões, Ricardo Pereira, Luís Esparteiro e Bruno Nogueira, apurou o D&O junto da empresa. Estes embaixadores receberam as suas chaves em Março, durante a última edição da Motoexpo, na FIL, e até ao final do ano irão experimentar vários modelos, sendo que, no final de 2006, todos eles receberão de presente a sua própria Vespa.

Os novos ‘vintage’
Para marcar as seis décadas da Vespa, a Piaggio acaba de criar dois novos modelos Vintage, a GTV e a LXV, que retratam os dois primeiros modelos da História da Vespa. A Portugal os novos modelos irão chegar em Maio, nas versões LXV 50, LXV 125 e GTV 250, apurou o D&O junto da marca. Paralelamente, a Piaggio irá lançar o modelo GT 60, uma edição limitada e numerada de 999 exemplares que serão personalizados com as iniciais de cada comprador. Este novo modelo custa a módica quantia de 6.500 euros e não pode ser adquirida nos concessionários habituais. Os eventuais interessados deverão inscrever-se numa lista junto da Piaggio (através do telefone 210303900) e o pagamento será efectuado por transferência bancária para a casa-mãe, em Itália.



texto de Inês Queiroz, in Diário Económico de 21 de Abril de 2006
fotos retiradas de
www.it.vespa.com


Fotos de modelos da Vespa, até aos dias de hoje:














































fotos retiradas de www.it.vespa.com

Sexta-feira, Julho 07, 2006


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